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2.
Brasília; CONITEC; dez. 2018. ilus, tab.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-997650

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A diabetes mellitus (DM) tipo 2 é um distúrbio metabólico crônico caracterizado pela perda progressiva da função das células ß levando à hiperglicemia. Esta condição aumenta em duas vezes o risco de morte cardiovascular, sendo esta causa responsável por 75% das mortes entre os doentes. O tratamento consiste na adoção de hábitos de vida saudáveis e/ou tratamento farmacológico; o SUS disponibiliza os seguintes medicamentos, metformina, glibenclamida, gliclazida e as insulinas regular e NPH. TECNOLOGIA: Empagliflozina (JARDIANCE®). PERGUNTA: O uso da empagliflozina é eficaz, seguro e custo-efetivo em pacientes com DM tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida quando comparado ao placebo? EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Baseada em um único ensaio clínico randomizado (ECR) fase III, multicêntrico que avaliou o uso da empagliflozina comparada ao placebo ativo em pacientes com DM tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida. Os resultados apontaram benefício para os desfechos de eficácia e segurança para o grupo que utilizou o medicamento com Hazard ratio (HR) de 0,86 (IC 95% 0,74 ­ 0,99) para o desfecho primário combinado: mortalidade por causa cardiovascular (CV), infarto agudo de miocárdio ou acidente vascular cerebral, para o evento mortalidade CV isoladamente HR= 0,62 (IC 95% 0,49 ­ 0,77), HR= 0,68 (IC 95% 0,57 ­ 0,82) para mortalidade por todas as causas e HR= 0,65 (IC 95% 0,50 ­ 0,85) para o evento hospitalização por insuficiência cardíaca. Risco aumentado foi observado para o evento infecção genital (RR= 3,57; IC 95% 2,57 ­ 4,98). Análise de subgrupo aponta benefício para os pacientes com mais de 65 anos para os desfechos renais, o desfecho primário e hospitalização ou mortalidade CV. AVALIAÇÃO ECONÔMICA: O demandante delineou em sua proposta um estudo de custo-utilidade da empagliflozina como opção terapêutica para pacientes com DM tipo 2 > 65 anos e doença cardiovascular estabelecida, utilizando um modelo de simulação de eventos discretos. O estudo apontou RCEI de R$ 24.011 por QALY ou R$ 16.840 por ano de vida ganho. O modelo possui limitações, sobretudo, com relação à incerteza sobre em qual esquema terapêutico seria inserida a medicação e o seu custo. AVALIAÇÃO DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: O impacto orçamentário do demandante mostrou um aporte de recurso em 5 anos entre R$ 1.141.116.710,28 e R$ 1.326.678.020,35. Entretanto, a análise possui limitações quanto à estimativa da população, aos custos do medicamento e o esquema terapêutico recomendado. MONITORAMENTO DO HORIZONTE TECNOLÓGICO: Foram identificados três medicamentos potenciais para a indicação clínica: efpeglenatida, ertuglifozina e semaglutida. Entretanto, dentre os que foram registrados na Anvisa, EMA ou FDA não há indicação específica em bula para o subgrupo de pacientes com alto risco cardiovascular. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC: Na 69ª reunião ordinária da CONITEC, os membros do plenário deliberaram pela não incorporação ao SUS da empagliflozina para pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida dada a incerteza sobre o benefício do desfecho composto e sobre a origem dos benefícios de eficácia. A matéria foi disponibilizada em consulta pública. CONSULTA PÚBLICA: Foram recebidas 927 contribuições técnico-científicas e 1174 contribuições de experiência ou opinião, sendo 92,5% discordantes da recomendação preliminar da CONITEC. Os argumentos discordantes destacaram a eficácia nos desfechos cardiovasculares do medicamento, fundamentada no estudo EMPAREG OUTCOME. Dentre os eventos adversos destacaram-se a infecção genito-urinária e o risco de amputação de membros inferiores, constatado por estudos que avaliaram medicamentos com o mesmo efeito de classe. Agrega-se a estes dados o recente alerta emitido pela ANVISA e pelo FDA, sobre o risco de fasciíte necrosante ou gangrena de Fournier em pacientes com DM2 em tratamento com SGLT2 (canagliflozina, dapagliflozina, empagliflozina e ertugliflozina). Portanto, não houve evidênciais adicionais para alterar a recomendação inicial. RECOMENDAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC presentes na 72ª reunião ordinária, no dia 8 de novembro de 2018, deliberaram, por unanimidade, por recomendar a não incorporação ao SUS da empagliflozina para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida. Foi assinado o Registro de Deliberação nº 391/2018. DECISÃO: Não incorporar a empagliflozina para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida, com objetivo de prevenção de morte, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Dada pela Portaria nº 70, publicada no DOU nº 238, seção 1, página 71, em 11 de dezembro de 2018.


Subject(s)
Humans , Cardiovascular Diseases , Diabetes Mellitus, Type 2/drug therapy , Hypoglycemic Agents/therapeutic use , Technology Assessment, Biomedical , Health Evaluation/economics , Unified Health System , Brazil , Cost-Benefit Analysis/economics
3.
Belo Horizonte; CCATES; jul. 2017. tab, graf.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-909103

ABSTRACT

TECNOLOGIA: Byetta® (exenatida). INDICAÇÃO NA BULA: -Terapia adjuvante para a melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2 que estejam tomando metformina ou uma sulfonilureia ou uma combinação de metformina e sulfonilureia, mas que não tenham ainda atingido um controle glicêmico adequado; -Terapia adjuvante para a melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2 e IMC > 25kg/m2 que estejam tomando uma tiazolidinediona, ou uma combinação de tiazolidinediona e metformina, mas que não tenham ainda atingido um controle glicêmico adequado; -Melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2 e IMC > 25kg/m2 em combinação com uma insulina basal/longa duração com ou sem metformina e/ou uma tiazolidinediona. PERGUNTA: exenatida é eficaz e seguro para o tratamento da diabetes mellitus tipo 2? EVIDÊNCIAS: foram incluídos uma revisão sistemática e metanálise em rede e um ensaio clínico randomizado, que avaliaram a exenatida para o tratamento da diabetes mellitus tipo 2. A exenatida demonstrou eficácia frente ao placebo considerando os desfechos selecionados, tanto na revisão sistemática quanto no ensaio clínico. No entanto, a dose da exenatida no ensaio clínico (10mcg nas primeiras quatro semanas e 20mcg nos onze meses seguintes do estudo) foi superior à dose diária definida (DDD) recomendada pela Organização Mundial da Saúde (15mcg). Na revisão sistemática a dose de exenatida não foi especificada. A exenatida administrada conjuntamente com metformina, no ensaio clínico, demonstrou melhoria do controle glicêmico, melhorando os níveis de adipocitocina e de sensibilidade à insulina frente à metformina administrada conjuntamente com placebo. Não houve diferenças estatisticamente significantes quanto à eficácia da exenatida em comparação com insulina, sulfonilureias e metformina, na revisão sistemática. Quando comparado com insulina e sulfonilureias, na revisão sistemática, a exenatida reduziu o risco de hipoglicemia e aumentou o risco de descontinuação do tratamento. A exenatida não se destacou entre as principais alternativas de tratamento para redução dos índices de hipoglicemia, redução dos índices de descontinuação do tratamento e aumento dos índices do controle glicêmico, de acordo com a superfície sob a curva de classificação cumulativa (SUCRA) medido na revisão sistemática. Os eventos adversos relatados pelos pacientes no grupo exenatida + metformina, no ensaio clínico, foram náuseas e vômitos, acometendo quatro indivíduos dos 171 participantes. CONCLUSÕES: a exenatida é um antidiabético indicado como adjuvante no tratamento da diabetes mellitus tipo 2 com a finalidade de baixar e manter a glicemia em níveis normais. Exenatida + metformina demonstraram eficácia no controle glicêmico em comparação com metformina + placebo. Estudos sugerem não haver evidências da eficácia da exenatida frente aos medicamentos sulfonilureia, metformina e insulina, para o tratamento da diabetes mellitus tipo 2. Exenatida apresentou um aumento na hipoglicemia e na descontinuação do tratamento. Náuseas e vômitos foram os eventos adversos relatados quando exenatida foi utilizada conjuntamente com metformina. Foram encontradas uma diretriz do NICE (2017) e alguns documentos do CADTH. Nenhum deles recomendou o uso da exenatida no tratamento do diabetes mellitus tipo 2.(AU)


Subject(s)
Humans , Diabetes Mellitus, Type 2/drug therapy , Hypoglycemic Agents/therapeutic use , Incretins/therapeutic use , Metformin/therapeutic use , Brazil , Chemotherapy, Adjuvant , Cost-Benefit Analysis , Technology Assessment, Biomedical
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